domingo, 11 de agosto de 2013

Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo GLORIA ANZALDÚA


domingo, 4 de agosto de 2013

Militância X Internet - Qual a importância desses mecanismos para as mulheres , lésbicas e meninas negras?


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Refletindo e Praticando Sankofa: Retornei.




Criei o blog em 2011 e adorava escrever nele, porém minha vida deu uma reviravolta e por um tempo perdi todo o interesse e motivação por escrever e principalmente escrever online. Foi assim que abandonei o blog. Tentei voltar e publicar algumas coisas mas não rolou, nada do que eu escrevia parecia bom, nada que eu tentava dizer parecia interessante. O ano passado escrevi no susto um texto para o "blogueiras feministas", mas foi a única tentativa de voltar a escrever. Depois disso deixei a internet de lado mesmo e resolvi me "aquetar", mas eu sou inquieta e vira e mexe tinha longas conversas por imbox com algumas amigas e as vezes com algumas desconhecidas que eu ia cutucar sobre suas postagens em páginas. Claro que levei algumas cutucadas fortes de amigas reais e virtuais, negras e não negras e isso contribuiu para que eu voltasse a me interessar pelo blog. Muitas vezes me irritei com a insistência de algumas amigas para que eu escrevesse, por um tempo eu queria mesmo ficar de fora, eu precisava ficar de fora pra me equilibrar, me conhecer e me reposicionar no mundo. Enfim depois de muita reflexão, recuperei a conta e deletei algumas postagens.  Não costumo gostar de nada que eu escrevo e sei que continuarei sem gostar mas decidi deletar algumas postagens assim mesmo. Eu não sou boa com as letras e menos ainda com formatação e estas coisas, as postagens que deletei estavam mal escritas e eu estava num dia ruim. Às futuras leitoras eu já aviso de ante mão, não sei escrever bonito, não ligo pra isso e não tenho paciência para escrever sempre [ e nem tempo], mas reconheço a importância de uma pessoa como eu escrever num blog. Minha preocupação principal é de que as leitoras me entendam.  Eu sou bem resistente ao blog e a escrever publicamente, mas sei que minhas amigas não me deixarão desistir, e agradeço pela insistência.

Nesse tempo que abandonei o blog e fiquei só observando, percebi a evolução de muitos discursos racistas que antes estavam abafados  mas que a magnitude da internet coloca esses perigos á tona, esse foi o principal motivo do meu retorno. Eu não acredito que a internet seja o melhor lugar para se discutir a maioria das coisas, mas a internet é uma ferramenta importante e precisa existir sempre um foco de resistência, em todos os espaços. Acho cansativo discutir na internet, mas as inquietações são muitas, então cá estou!
Que discursos perigosos são esses  eu espero conseguir escrever em breve, agora só quero mesmo  dizer " oi" e dizer que este blog continua com os mesmos princípios iniciais: È um blog que fala sobre mulheres negras e para mulheres negras.  È um blog sobre auto conhecimento, auto estima e lesbiandade, sim é um blog para mulheres e mulheres lésbicas.Não sei como e nem quanto conseguirei que ele abranja todos estes temas que ainda precisam ser construídos em alguns aspectos. Eu fiz esse recorte porque é mais do que necessária a representação lésbica dentro do movimento de mulheres negras. 

Recebi várias ameaças de pessoais reais quando criei esse blog e imagino que elas poderão ser renovadas, mas aí vai um aviso: Eu também me renovei!
Se existe medo no que uma mulher preta e lésbica pode dizer ou ensinar, é porque há muito ensinamento que prejudicará os machismos que nos rodeiam. Um aviso: Nós não resistimos á toa, nós não nos cuidamos a toa. A irmandade entre as mulheres pretas não carrega a barreira da sexualidade como limite nos nossos relacionamentos. Em alguns momentos esse limite foi imposto mas ele não é forte, não tão forte quanto os laços de irmandade femininos porque as mulheres se entendem.  Enfim, o recorte do blog não irá mudar, a não ser que eu acorde branca,  heterossexual, rica e nacionalista. Afinal esse blog é um recorte feito a partir dos meus olhos e de como eu vejo o mundo. Partindo de mim fui pro mundo e me reconheci entre outras iguais que não são representadas em lugar nenhum. Só nós sabemos o que é isso e como é isso de não existir oficialmente Claro, dentro do nosso contexto cultural. Lembrem-se, não é nada pessoal e se você não é uma mulher negra ou mulher negra lésbica, esse blog não escreve sobre você!!





Obrigada á todas que acompanham o blog!
Eu mulher negra, Resisto!
Aline Dias